sexta-feira, 1 de junho de 2012

Greve dos Professores nas Federais Continua e Mobilizações Recebem Apoio

O cenário de esvaziamento das universidades federais do Paraná aumentou nesta semana, e a greve dos professores ganha força na medida em que o governo federal demora em apresentar uma proposta. Nesta semana professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizaram um ato público na Boca Maldita, centro de Curitiba, para apresentar à sociedade os motivos de mais uma paralisação na instituição.

Aproximadamente 100 docentes participaram das atividades e distribuíram panfletos e jornais para explicar à população os principais motivos que levaram à greve que já dura duas semanas. Entre as principais justificativas dos professores está a precarização das condições de trabalho na universidade e a não valorização da carreira dos professores.

"É muito interessante a gente chegar perto da população e poder esclarecer as nossas razões. Alguns até pediram mais informações sobre as demais universidades que estão aderindo ao movimento. Muitos demonstraram que concordam com os nossos motivos", afirma a professora Adriana Hassel Dalagassa, membro do Comando Local de Greve da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR).

A categoria recebeu nesta semana o apoio dos estudantes da UFPR, que deflagraram greve em amparo à causa dos professores e técnicos das instituições federais de ensino superior. Na terça-feira (29), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) realizou assembleia no pátio da reitoria. O encontro contou com a participação de 400 alunos, que optaram pela paralisação.

Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) o sindicato que representa os professores da instituição, Sindutf-PR realizou assembleia no dia 29, no auditório do câmpus Curitiba. O intuito foi tratar especificamente dos aspectos relacionados à carreira docente e às propostas que estão sendo abordadas na mesa de negociação com o governo. Docentes de 11 do total de 12 câmpus da UTFPR confirmaram adesão à greve. Apenas os professores do mais novo câmpus da instituição, localizado em Guarapuava, não definiram seu posicionamento em relação ao movimento.

O governo federal suspendeu a primeira reunião do governo com o Comando Nacional da Greve após a deflagração da greve nacional, que aconteceria na segunda-feira (28). Na opinião do presidente da APUFPR, Luís Allan Künzle, a atitude reflete a falta de interesse do governo pelas condições de trabalho dos docentes.

"O que aumenta a indignação dos professores é que o ministro foi até a televisão dizendo que não tínhamos nenhum motivo para entrar em greve porque o governo estava fazendo a negociação. Porém, foi o próprio governo que cancelou essa reunião de negociação que estava marcada. O fato mostra para a sociedade a situação que os professores estão passando", diz Künzle.

Fonte: http://www.nota10.com.br/noticia-detalhe/2259_Greve-dos-professores-nas-federais-continua-e-mobilizacoes-recebem-apoio

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