terça-feira, 10 de julho de 2012

Professor da UFC escreve carta de resposta a artigo publicado na Revista Época dessa semana contra o movimento grevista dos docentes

Ficamos aqui imaginando o quanto o ensino superior gratuito e de qualidade NÃO TEM VALOR para as pessoas. Lembrando que estamos com atividades paralisadas por falta de segurança em Arapiraca. A greve nacional é um outro assunto.  Entretanto, nesse outro assunto, vejam um exemplo de descaso com ensino superior no Brasil. Vejam também a resposta do professor Antônio Caminha Neto (UFC - Dep Matemática). O final é ótimo!
 
Essa semana, a Revista Época e o site do Valor Econômico publicaram o artigo "A greve remunerada dos professores universitários" (na versão on-line com o título "Greve remunerada não pode funcionar"), de autoria do cientista político e ex-professor da Universidade Federal Fluminense Alberto Carlos Almeida.
 
 
Em resposta ao texto, crítico ao movimento grevista dos docentes, o professor Antonio Caminha Neto, do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Ceará, escreveu uma carta ao editor da revista Época explicando os vários motivos que culminaram com a deflagração de greve em 95% das universidades federais do País.
 
 Leia, a seguir, a resposta do professor Caminha:

“Prezado Editor,
Após ler o artigo "A greve remunerada dos professores universitários", de Antonio Carlos Almeida, não poderia deixar de escrever-lhes, aliás, com profunda indignação. Primeiramente, saltam aos olhos de qualquer leitor minimamente crítico as várias meias informações e informações contraditórias do texto. O autor se esquece de mencionar que, após quatro anos de graduação, dois de mestrado e quatro de doutorado, um professor universitário recém-contratado recebe, mensalmente, pouco mais de R$5.000 líquidos. Qualquer médico ou engenheiro recém-formado e minimamente competente recebe, mesmo aqui no Nordeste, salário maior ou igual a esse. Por outro lado, quando comparamos esses R$ 5.000 aos R$ 13.600 de salário inicial de um auditor da Receita Federal, fica patente a deterioração salarial dos professores de ensino superior no âmbito da Administração Federal e o descaso do governo em tornar atraente a carreira de professor de ensino superior, tão necessária ao país. O autor tampouco destaca que as negociações de nossa categoria com o Governo Federal, com vistas ao estabelecimento de uma carreira docente digna, vêm se arrastando há um ano, sem que os professores tenham recebido nenhuma proposta concreta. Menciona, ainda, que somente as aulas foram interrompidas, mas as pesquisas não, e que isso se deve a nosso interesse em não perder financiamentos como bolsas de produtividade em pesquisa. Realmente, com o salário que recebemos não podemos nos dar ao luxo de perder as bolsas de produtividade por paralisação das pesquisas, simplesmente porque nossas contas mensais não fechariam; por outro lado, interromper nossas pesquisas equivaleria, no caso de uma greve de médicos, a desligar os aparelhos dos pacientes já internados, o que - decerto o autor concordará - não é razoável. É, ainda, curioso coligir a afirmação que diz, a certa altura, que "os principais centros de pesquisa não entraram em greve", com aquela que diz que "os professores grevistas mantém suas pesquisas em andamento". Em que pese a flagrante contradição entre tais afirmações, gostaria de frisar que várias universidades federais que fazem pesquisas de ponta em volume considerável (a Universidade Federal do Ceará e a do Rio de Janeiro, por exemplo) estão em greve sim. O autor também menciona que, em universidades estrangeiras, há aulas para salas com 100 a 200 alunos. Entretanto, ele se esquece de dizer que os professores dessas aulas contam, em quase 100% dos casos (e me arrisco a afirmar que a London School of Economics é um desses), com um ou dois professores assistentes, que são alunos de doutorado que corrigirão provas e conduzirão aulas de exercícios; eu mesmo, que também estudei em uma universidade estrangeira, servi de professor assistente em aulas de Cálculo. Além disso, essas salas imensas são, em geral, de disciplinas de semestres iniciais ou livres, atendidas por alunos de vários cursos. Por fim, o autor menciona que foi professor da Universidade Federal Fluminense entre 1992 e 2005 e que nunca fez greve durante esse período. Certamente ele não precisava do salário, que era baixíssimo até 2004; por outro lado, fiquei com a curiosidade de perguntar se, fosse a carreira de professor universitário mais atrativa, ele teria saído de lá para o Ipsos e o Instituto Análise. "

Leia o artigo "A greve remunerada dos professores universitários" no site do Valor Econômico: http://www.valor.com.br/cultura/2732610/greve-remunerada-nao-pode-funcionar

Fonte: http://ufalsegura.blogspot.com.br/2012/07/professor-da-ufc-escreve-carta-de.html

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Governo diz que não tem agenda para marcar reunião com professores em greve antes de 31/7

A greve nacional dos professores de universidades federais completa 50 dias neste sábado (7) e pode não acabar antes de 31 de julho. Segundo o Ministério do Planejamento, uma nova reunião com os representantes dos docentes ainda não foi marcada por “falta de agenda” e não deve acontecer antes do final de julho. O órgão disse que a pauta dos professores é importante, mas afirmou que está negociando com mais de 30 entidades sindicais e que não é possível privilegiar uma agenda em função da outra.

A última reunião entre sindicalistas e o Ministério do Planejamento aconteceu em 12 de junho, quando um novo encontro ficou marcado para o dia 19 do mesmo mês, mas foi adiado. “Lá [com o governo] que está parada a negociação, é de lá que tem que sair a proposta e a proposta não sai”, afirmou Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

Para o presidente do Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), Eduardo Rolim, a insatisfação dos docentes só aumenta com a falta de diálogo. “Nos sentimos afrontados com o fato do governo não marcar uma nova reunião e não apresentar propostas”, afirmou.

Segundo Schuch, o governo não está completamente fechado para os professores: “Mas os espaços que a gente consegue entrar, são espaços vazios. Eles recebem documentos, mas não negociam. O próprio governo assumiu essa posição – ‘a palavra está conosco’ - nós só tentamos lembrar eles disso”, disse Schuch.

Reivindicação
A principal reivindicação do movimento grevista é a reestruturação da carreira docente, por isso, as negociações são feitas com o Ministério do Planejamento. Na última reunião, o Ministério do Planejamento propôs que a greve fosse encerrada e que as discussões continuassem com base na carreira do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Os docentes não concordaram em acabar com a paralisação.

Principais pontos da reestruturação de carreira dos docentes de instituições federais
Carreira única para todos os professores das instituições federais (sem a distinção entre Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico;

Estrutura de carreira simples, dividida em 13 níveis, com degraus de 5% na referência salarial, a serem cumpridos a cada dois anos;

Piso salarial com referência no salário mínimo do DIEESE (atualmente R$ 2.329,25), para 20 horas semanais;

Ingresso através de concurso no nível inicial;

Desenvolvimento na carreira que valorize critérios acadêmicos e atribuições que tenham como base o tripé ensino – pesquisa – extensão;

Dedicação Exclusiva como regime preferencial de trabalho;

Restabelecimento da isonomia salarial por meio de remuneração única e uma linha só no contracheque, incorporando todas as gratificações;

Paridade dos docentes da ativa com os aposentados e pensionistas;

•Fonte: Andes-SN

Mas, segundo o Andes, outra parte das reivindicações são de responsabilidade do MEC (Ministério da Educação), como condições de trabalho dos docentes e verbas para universidades. “O MEC não pode ficar alheio. O governo, no seu arranjo interno, estipula que todos os processos que envolvem pessoal e orçamento devem ser tratados no Ministério do Planejamento, mas temos muitos pontos na pauta que é o MEC que tem que resolver”, afirmou Schuch.

Segundo a assessoria de imprensa do MEC, “O Ministério da Educação acompanha com atenção o desenrolar da greve dos professores nas universidades federais. O MEC informa ainda que está no aguardo da retomada das negociações por parte do Ministério do Planejamento. E que elaborou sua proposta, que tem como base a carreira do MCTI, e que favorece a titulação e a dedicação exclusiva”.

Carreira
Uma sugestão apresentada no dia 12 de junho foi a utilização da carreira de pesquisador do MCTI como base para reestruturação da carreira dos docentes. Segundo Rolim, a reivindicação do Proifes é que se faça uma equiparação salarial com a carreira do MCTI: “Nós não queremos a carreira deles, só a equiparação salarial”, disse.

O representante do Andes também apresentou uma visão contrária a essa sugestão. “Não queremos comentar uma proposta que não é oficial. Além disso, a carreira de ciência e tecnologia é criticada pelo próprio sindicato deles. É uma carreira bem diferente, com números menores de níveis e sem dedicação exclusiva”, afirmou Schuch.

Segundo o Ministério do Planejamento, a proposta de reestruturação da carreira ainda precisa ser detalhada melhor, o que deve acontecer quando a próxima reunião for marcada.

Suellen Smosinski
Do UOL, em São Paulo

Fonte: http://www.jornalnovotempo.com.br/noticias/educacao/item/12648-governo-diz-que-n%C3%A3o-tem-agenda-para-marcar-reuni%C3%A3o-com-professores-em-greve-antes-de-31-7

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A greve dos professores das Universidades Federais

Acesse ainda matéria de O Globo (veja link) que mostra que "entre as carreiras de nível superior, ninguém recebe tão pouco quanto professores e médicos


O Ministro da Educação, o senhor Aloísio Mercadante, se diz surpreso com a deflagração da greve nacional dos professores universitários federais. É compreensível, primeiro porque o MEC esteve ausente e omisso durante todo o processo de negociação ocorrido durante o ano passado e parece desconsiderar a real situação dos professores e as distorções da atual forma na qual se estrutura a carreira docente. Vejamos porque para nós a greve não só não surpreende como se apresenta necessária.       

Razões da greve

Há dois anos que os professores negociam com o governo seu projeto de carreira docente e para tanto o ANDES construiu a partir de um amplo debate com a categoria um anteprojeto de lei no qual  é apresentada nossa proposta de uma carreira docente única com 13 níveis remuneratórios baseado no tempo de carreira, na titulação e na avaliação realizada com autonomia e por critérios objetivos definidos com fundamentos acadêmicos.

A posição do ANDES, que consideramos correta, é que nossa discussão salarial deveria ser feita com base em um projeto de carreira, ou seja, não nos interessa a mera discussão de um índice de aumento salarial ou de recuperação de perdas se não atacamos as raízes das distorções que dividem nossa carreira e geram desigualdades injustificáveis entre professores. Por exemplo, na concepção do governo a carreira dos docentes do ensino público federal se divide em ensino universitário e do ensino básico, técnico e tecnológico (que inclui os professores dos Colégios de Aplicação, ensino técnico de segundo grau, etc.) Sabemos das especificidades destes setores, mas segundo nossa visão são diferenças de função e não de profissão, somos professores do ensino público federal com diferentes atribuições dentro de uma mesma carreira.

Outra divisão, esta dentro do mesmo campo do ensino universitário, é aquela que compõe nossa atual carreira e que nos divide em professores auxiliares, adjuntos, assistentes e titulares, esse último constituindo uma carreira à parte que inclusive exige novo concurso. Ora, essa distinção se fundamenta e um pressuposto quase feudal, próprio de um modelo universitário anacrônico e autoritário em frontal contradição com o modelo de universidade e sociedade que defendemos. Sua base é a concepção de que existe um grupo de professores “donos” de certa área ou disciplina e que dão algumas aulas durante o ano comunicando seus estudos e pesquisas assim como seu acúmulo teórico sobre um tema e são auxiliados por professores que o circundam como assistentes ou adjuntos e estes por auxiliares numa hierarquia que implica mais que uma divisão de trabalho uma lógica de poder.

Isso não faz sentido na realidade da universidade brasileira que desde a constituição de 1988 em seu artigo 207 estipula a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. Na prática tal conformação divide a categoria em faixas remuneratórias que funcionam como um funil em que poucos podem chegar ao final da carreira e as salários maiores e a maioria fica presa nas faixas intermediárias. Segundo estudo promovido pela ADUFRJ, por exemplo, na UFRJ, mais de 80% se aposentam como professor adjunto 4.

A proposta inicial do governo criava mais um patamar que denominou de Professor Sênior, hoje retirada da proposta, extinguindo a carreira de professor titular, que impunha aos professores mais quatro degraus até o final da carreira e impunha critérios que fechava ainda mais a saída do funil.

Durante todo o ano de 2011 o ANDES acompanhou uma longa e tortuosa enrolação do MPOG que supostamente deveria debater as propostas apresentadas sobre a carreira buscando aproximações e diferenças visando chegar a uma proposta negociada. Sob uma série de pretextos o governo protelou as reuniões, quando não as desmarcou unilateralmente numa total falta de respeito ao que havia sido combinado. O fato que chegamos ao final do ano sem que um milímetro da negociação sobre a carreira docente houvesse sido acordado.

No final do ano passado o governo apresenta uma proposta emergencial, diante do impasse na negociação, que consistia basicamente em três pontos: aumento emergencial de 4% a ser pago seis meses adiante (em março de 2012); incorporação de uma das gratificações ao vencimento básico (GEMAS para ensino superior e GEDBT pra o ensino básico, técnico e tecnológico). Até maio deste ano o governo não havia cumprido sequer o acordo emergencial.
Uma greve em defesa da universidade pública: pela carreira docente, por salários e por melhores condições de trabalho.

O governo apresentou um Projeto Lei que incluía os termos acordados ao final de 2011 e o transformou em Medida provisória agora em maio (a MP 568). Ocorre que junto com o aumento de 4% e a incorporação das gratificações, agrega inúmeras medidas referente à várias categorias do funcionalismo que não foram negociadas e que pode gerar perdas para os trabalhadores, como é o caso da mudança do cálculo da insalubridade que afeta diretamente os médicos.
O acordo e seu injustificável atraso é insuficiente, neste sentido a greve dos professores não é apenas pelo seu cumprimento, na verdade uma obrigação acordada com o governo, mas pela imediata abertura de uma negociação séria sobre nossa carreira e pelo enfrentamento das causas que levam hoje à precarização do trabalho docente, das condições de trabalho e das instalações universitárias. Esse aspecto está ligado diretamente à expansão realizada pelo governo que não veio acompanhada dos recursos necessários para sua implementação gerando salas de aulas superlotadas, pressões para um aumento da carga horária dos docentes em sala de aula prejudicando a relação entre ensino, pesquisa e extensão, falta de professores,  precariedade de instalações.
Vários campus estão funcionando em espaços cedidos por prefeituras, salas improvisadas, sem laboratórios, equipamentos e instalações adequadas. Tudo isso tem acarretado vários problemas que vão desde turmas que estão ameaçadas de não se formar, como é o caso da medicina de Macaé que não tem hospital para que seus alunos façam a residência além da carência de professores em várias disciplinas.

Na verdade o sucateamento da universidade pública e a maneira como o governo entende o setor revela uma concepção de Estado que está na base do projeto de governo que se implantou em nosso país. Vivemos uma contra-reforma do Estado e uma clara opção pela lógica do mercado e das parcerias público-privadas que tem por centro e meta principal a formação de superávits primários sangrando o fundo público para colocá-lo a serviço dos interesses do grande capital monopolista. Não há uma crise da Universidade Pública, o que há é uma clara intenção de adaptá-la, destruindo-a, para que sirva aos interesses da lógica capitalista e do mercado.

Desta forma, o ensino público é concebido como um serviço oferecido que deve disputar o mercado e seus “clientes/consumidores” com as demais empresas do setor e para tanto deve assumir uma lógica gerencial fundada na “eficácia”, entendida como produzir o serviço com os recursos existentes e ter iniciativa de captar os recursos adicionais necessários. Daí as Universidades são incitadas a buscar recursos na iniciativa privada, seja através de projetos de parceria, financiamento de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico, através de fundações ou outras formas. Para os professores é pensado uma remuneração básica e uma concorrência entre seus pares no balcão de projetos e bolsas oferecidas pelas instituições de fomento ou pelas oportunidades do mercado, o que vem se tornando para boa parte da categoria a principal fonte de sua remuneração, ou, no mínimo, uma parte considerável de seus vencimentos.
Além desta prática quebrar a autonomia universitária e o necessário financiamento público, gera distorções e diferenças não apenas entre unidades da Universidade, com centros e unidades com grandes somas de recurso e outras com recursos abaixo do mínimo necessário, o que se reflete não apenas nas instalações, mas na própria capacidade de produção de pesquisas, intercâmbios e visibilidade de sua produção acadêmica e científica; como, também, entre os professores e sua remuneração.

A situação atual é produto desta opção. Por isso se explica o abandono de uma política, não de valorização dos salários, mas mesmo de sua recomposição. Se considerarmos os salários nominais entre 1998 e 2011 de categorias do serviço público federal que exigem a mesma formação e que se compõe de atividades similares, como por exemplo os profissionais de Ciência e Tecnologia e os pesquisadores do IPEA, temos que em 1998 os professores universitários recebiam R$ 3.388,31, os pesquisadores do  IPEA R$ 3.128,20 e do MCT recebiam R$ 2.6632,36. Em 2011 a situação se inverte de forma que os pesquisadores do IPEA ganham R$ 12.960,77, em segundo lugar os profissionais do MCT com R$ 10.350,68, e os professores passaram para a última posição com R$ 7.333,67, sendo a pior remuneração entre os funcionários públicos com este nível de formação exigido.

Isso considerando a categoria como um todo, pois as divisões as quais nos referíamos no interior da carreira existente e que permanecem na proposta do governo, fazem com que os aumentos oferecidos concentrem-se no alto da pirâmide e se diluam nas categorias intermediárias e na base. O secretário de relações do trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça, por exemplo, alega que considerada no conjunto os professores  tiveram reposta a inflação do período relativo aos governo Lula e Dilma (cerca de 57,1 %). No entanto, considerando as diferenças, os extratos superiores da carreira, como professores titulares e assistentes 3 e 4, tiveram em media seus salários ajustados entorno de 15% acima da inflação, enquanto os adjuntos, faixa na qual se encontra a maior parte dos professores inclusive os aposentados, amargam uma defasagem que chega à 40% abaixo da inflação do período.

Para o governo esse não é um problema da educação, de uma política para universidade brasileira, mas um problema de gestão, não é por acaso que o principal negociador durante todo esse tempo não foi o MEC, um ilustre ausente e omisso nesse debate, seja com Haddad, seja agora com Mercadante, um político que traz no nome a marca de seu compromisso, mas o Ministério de Planejamento.

Os professores universitários são vistos como uma categoria privilegiada que trabalha pouco e ganha altos salários e a universidade um antro de maus gestores e de desperdício do dinheiro público, justificando o controle que rouba a autonomia universitária, uma limitação de recursos e o destino de completá-los no mercado e das parcerias, condenando a universidade a se transformar em uma central de serviços e os professores em mascates de projetos e que tem, se quiser cumprir os requisitos para ascender na carreira, que dar aulas (muitas aulas), participar de projetos de extensão, da pesquisa, da pós-graduação, além de participar dos espaços coletivos de gestão da vida universitária que se tornam cada vez mais homologatórios e formais.
O resultado disso é o adoecimento dos professores, a insegurança na carreira que é cada vez mais preterida roubando dos campos aqueles que poderiam contribuir para uma universidade pública e de qualidade, uma lógica perversa que sucateia a universidade pública para oferecer como saída sua mercantilização.

Por tudo isso os professores estão em greve, na maior greve do último período, pela defesa da Universidade Pública, pela defesa da carreira docente apresentada pelo ANDES-SN, por melhores condições de trabalho. Devemos isso ao pais, porque precisamos de uma universidade pública de qualidade, ainda que lutemos por mais que isso, para nesta universidade pública também se reflita os interesses dos trabalhadores e da maioria da população lutando por aquilo que chamamos da luta por uma Universidade Popular, e, por isso, a luta por uma Universidade Pública e por uma Universidade Popular é uma luta pelo socialismo. Devemos isso, também, a nós mesmos, os professores, porque merecemos respeito e precisamos resgatar nossa dignidade espezinhada por este governo de burocratas à serviço do grande capital monopolista que vê na Universidade mais oportunidade de negócios (como mostra a proposta da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares- EBSERH); mas, principalmente, devemos isso aos nossos queridos alunos que merecem uma educação de qualidade e uma verdadeira aula, aquela que demonstra que é somente no caminho da resistência e da luta que conquistaremos uma universidade melhor e caminharemos para superar a lógica do capital que está na base da proposta de universidade que se implanta.

Nós não podemos impedir que os exploradores se comportem como tal, da mesma forma que não nos cabe mudar o comportamento de seus aliados e serviçais que hoje no governo implementam o desmonte das políticas públicas, do Estado e, portanto, da Universidade Pública. Mas, podemos e devemos decidir não ser seus cúmplices e dizer em alto e bom tom: se quiserem destruir a Universidade Pública terão que fazer sem nosso consentimento, sem nossa omissão, terão que fazê-lo contra nós e isso não se dará sem luta.

***

Mauro Iasi é professor adjunto da Escola de Serviço Social da UFRJ, presidente da ADUFRJ, pesquisador do NEPEM (Núcleo de Estudos e Pesquisas Marxistas), do NEP 13 de Maio e membro do Comitê Central do PCB. É autor do livro O dilema de Hamlet: o ser e o não ser da consciência (Boitempo, 2002). Colabora para o Blog da Boitempo mensalmente, às quartas.

Fonte: http://www.adufes.org.br/site/comunicacao/noticias/conjuntura/greve-professores-universidades-federais

sábado, 30 de junho de 2012

UTFPR suspende calendário devido à greve de professores e técnicos

Decisão do Conselho Universitário foi tomada nesta sexta-feira (28). UFPR também decidiu suspender calendário.

Protesto UTFPR (Foto: Divulgação/UTFPR)
Professores e alunos da UTFPR fizeram protesto para pedir suspensão do calendário
(Foto: Divulgação/UTFPR)
 
O Conselho Universitário da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) decidiu suspender o calendário acadêmico, devido à greve dos professores e funcionários da instituição. A reunião do Conselho Universitário terminou no fim da tarde desta sexta-feira (28). De acordo com a instituição, 90% dos servidores estão em greve.

Durante a tarde, professores e alunos fizeram um protesto em frente à reitoria da UTFPR para pedir a suspensão do calendário.

Com a suspensão, a UTFPR segue a mesma medida tomada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), que também suspendeu o calendário letivo pelo mesmo motivo.

Segundo a reitoria da UTFPR, a decisão vai servir para que a instituição possa decidir como proceder com os professores e alunos que continuaram a frequentar as aulas durante o período de greve e as questões relativas aos alunos que estão em conclusão de curso.
 
Mobilização dos professores é nacional

Desde 17 de maio, professores das instituições federais fazem um movimento de greve nacional que já atingiu 80% da categoria. Entre as principais reivindicações estão a criação de uma carreira única, com a incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, aumento do piso salarial em 22,8% com a correção das pendências da carreira desde 2007, e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. A adesão atinge 95% das instituições, segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Das 59 universidades, 56 têm professores parados.

Além da pauta nacional, os professores da UFPR também reivindicam limite de 12 horas-aula para os professores que possuem dedicação exclusiva, com 40 horas semanais.

Na UTFPR, os manifestantes solicitam contratação de mais professores efetivos com a abertura de novas vagas para docentes, limite máximo de 12 horas por semana (para docentes com dedicação exclusiva e com regime de trabalho de 40h) e 10 horas (para professores com regime de trabalho de 20h) e de 16 horas a 18 horas para professores substitutos.

Fonte: http://g1.globo.com/parana/noticia/2012/06/utfpr-suspende-calendario-devido-greve-de-professores-e-tecnicos.html


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Greve de professores atinge 95% das instituições federais, diz sindicato

Segundo o Andes, apenas 3 universidades e 4 institutos não pararam. Professores preparam ato em frente ao Banco Central de várias cidades.

Professores do DF decidem em assembleia manter greve por tempo indeterminado (Foto: Maiara Dornelles / G1)
Professores do DF em greve
(Foto: Maiara Dornelles / G1)

A mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino pela reestruturação da carreira docente chegou nesta quarta-feira (27) à adesão de 95% das instituições, segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Das 59 universidades, 56 têm professores parados (veja lista ao final desta reportagem). Além disso, a greve dos servidores técnicos administrativos atinge 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia em 22 estados, além dos dois centros federais de tecnologia e o Colégio Pedro II.
 
ENTENDA A GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS
PROFESSORES SERVIDORES
Desde 17 de maio, professores das instituições federais fazem um movimento de greve nacional que já atingiu 95% da categoria, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). A paralisação nacional dos servidores teve início em 11 de junho e, segundo a última atualização dos sindicatos, pelo menos 90% dos institutos federais tinham servidores parados, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
- Criação de uma carreira única, com a incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios - Aumento do piso salarial em 22,8% com a correção das pendêncais da carreira desde 2007 (atualmente, ele é de R$ 1.304)
- Variação de 5% entre níveis a partir do piso, para o regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35) - Devolução do vencimento básico complementar absorvido na mudança na Lei da Carreira, de 2005
- Percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho - Reposicionamento dos servidores aposentados
O QUE DIZ O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
O MEC afirma que quem define a agenda de negociação é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O Ministério da Educação está com uma proposta de plano de carreira pronta, para apresentar na próxima reunião agendada pelo MPOG – basicamente priorizando a dedicação exclusiva e titulação docente.

Os docentes preparam, para a manhã desta quinta-feira (28), atos em frente às sedes e subsedes do Banco Central em várias cidades brasileiras.

A categoria dos docentes pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
 
Negociações

O sindicato reclama da morosidade nas negociações e do fato de elas estarem concentradas principalmente nas mãos do Ministério do Planejamento -- quem coordena o processo é o secretário das Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça.

"É uma questão de concepção, essa não é uma discussão numérica. Por se tratar de educação, é uma discussão qualitativa", afirmou ao G1 o professor Tiago Leandro da Cruz Neto, que integra o comando nacional de greve dos docentes.
De acordo com ele, o Ministério do Planejamento "discute apenas números", e não aborda a questão da efetiva reestruturação da carreira, que inclui, por exemplo, permitir que os professores atinjam o topo de sua carreira mais rapidamente, e não logo antes, ou mesmo depois, de atingirem o tempo de contribuição mínima para a aposentadoria.
 
Outro lado

Procurado pelo G1, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão afirmou, por meio de sua assessoria, que a reunião com as entidades que representam a categoria dos docentes, agendada para o dia 19, mas adiada, deve acontecer na próxima semana, mas ainda sem data confirmada. Ainda de acordo com o ministério, o secretário tem se reunido internamente com membros do governo para encontrar uma solução para o impasse nas negociações.

A última proposta do governo, divulgada em 13 de junho, sugeria que a carreira dos docentes das federais seguissem o mesmo plano de carreira dos servidores do Ministério da Ciência e Tecnologia, que contempla o reajuste salarial e a incorporação das gratificações.

O Ministério da Educação afirmou, em nota, que é importante frisar que, "sobre a greve das instituições federais de ensino superior, quem define a agenda de negociação é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)".

O MEC disse ainda que tem uma proposta de plano de carreira pronta para apresentar às demais partes, na próxima reunião agendada pelo Ministério do Planejamento. A assessoria de imprensa do Ministério da Educação não divulgou a proposta, mas afirmou que ela prioriza "a dedicação exclusiva e titulação docente".

VEJA AS INSTITUIÇÕES QUE ESTÃO COM PROFESSORES E/OU SERVIDORES EM GREVE
GREVE DE PROFESSORES GREVE DE SERVIDORES
Nas universidades:
1. Universidade Federal do Amazonas
2. Universidade Federal de Roraima
3. Universidade Federal Rural da Amazônia
4. Universidade Federal do Pará
5. Universidade Federal do Oeste do Pará
6. Universidade Federal do Amapá
7. Universidade Federal do Maranhão
8. Universidade Federal do Piauí
9. Universidade Federal Rural do Semi-Árido
10. Universidade Federal da Paraíba
11. Universidade Federal de Campina Grande
12. Universidade Federal Rural de Pernambuco
13. Universidade Federal de Alagoas
14. Universidade Federal de Sergipe
15. Universidade Federal do Triângulo Mineiro
16. Universidade Federal de Uberlândia
17. Universidade Federal de Viçosa
18. Universidade Federal de Lavras
19. Universidade Federal de Ouro Preto
20. Universidade Federal de São João Del Rey
21. Universidade Federal do Espírito Santo
22. Universidade Federal do Paraná
23. Universidade Federal do Rio Grande
24. Universidade Federal do Mato Grosso
25. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
26. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri
27. Universidade Tecnológica Federal do Paraná
28. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
29. Universidade Federal Luso-Brasileira
30. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
31. Universidade do Vale do São Francisco
32. Universidade Federal de Goiás (Goiânia, Cidade de Goiás, Catalão e Jataí)
33. Universidade Federal de Pernambuco
34. Universidade Federal do Acre
35. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
36. Universidade Federal do Rondônia
37. Universidade de Brasília
38. Universidade Federal de Juiz de Fora
39. Universidade Federal de Pelotas
40. Universidade Federal do Pampa
41. Universidade Federal de Alfenas
42. Universidade Federal Fluminense
43. Universidade Federal do Rio de Janeiro
44. Universidade Federal de São Paulo
45. Universidade Federal de Grande Dourados
46. Universidade Federal de Santa Maria
47. Universidade Federal do Tocantins
48. Universidade Federal da Bahia
49. Universidade de Integração Latino Americana
50. Universidade Federal do ABC
51. Universidade Federal do Ceará
52. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Campus Três Lagoas)
53. Universidade Federal de São Carlos
54. Universidade Federal de Minas Gerais
55. Universidade Federal da Fronteira Sul
56. Universidade Federal de Santa Catarina

Nos institutos e centros:

1. Instituto Federal do Piauí
2. Centro Federal de Educação Tecnológica de MG
3. Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
4. Instituto Federal de Minas Gerais - Formiga
5. Colégio Pedro II
Nos institutos federais*:
1. Instituto Federal de Alagoas
2. Instituto Federal do Amazonas
3. Instituto Federal da Bahia
4. Instituto Federal Baiano
5. Instituto Federal do Ceará
6. Instituto Federal de Brasília
7. Instituto Federal do Espírito Santo
8. Instituto Federal de Goiás
9. Instituto Federal Goiano
10. Instituto Federal do Mato Grosso
11. Instituto Federal do Mato Grosso do Sul
12. Instituto Federal de Minas Gerais
13. Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
14. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
15. Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
16. Instituto Federal do Triângulo Mineiro
17. Instituto Federal do Pará
18. Instituto Federal da Paraíba
19. Instituto Federal do Paraná
20. Instituto Federal do Piauí
21. Instituto Federal de Pernambuco
22. Instituto Federal do Sertão Pernambucano
23. Instituto Federal do Rio de Janeiro
24. Instituto Federal Fluminense
25. Instituto Federal de Rondônia
26. Instituto Federal do Rio Grande do Norte
27. Instituto Federal Farroupilha
28. Instituto Federal do Rio Grande do Sul
29. Instituto Federal do Sul
30. Instituto Federal de Santa Catarina
31. Instituto Federal Catarinense
32. Instituto Federal de São Paulo
33. Instituto Federal de Sergipe
34. Instituto Federal do Tocantins
 
Fonte: Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) Fonte: Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe)
*Até a atualização desta reportagem, a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) não havia enviado a lista atualizada de universidade com servidores paralisados

quinta-feira, 28 de junho de 2012

De 59 universidades federais, professores de 56 entram em greve


Alunos defendem professores em greve federal.
Alunos defendem professores em greve federal.



















A adesão à greve dos professores de universidades federais chegou a 95% dos docentes no Brasil. De 59 instituições de ensino, 56 têm professores com braços cruzados, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Os educadores pedem a reestruturação da carreira.
Além disso, a greve dos servidores técnicos administrativos atinge 34 dos 38 institutos federais de ciência e tecnologia em 22 estados, além dos dois centros federais de tecnologia e o Colégio Pedro II.

Desde 17 de maio, professores das instituições federais fazem um movimento de greve nacional que já atingiu 80% da categoria.  A paralisação nacional dos servidores teve início em 11 de junho e, segundo a última atualização dos sindicatos, pelo menos 50% dos institutos federais tinham servidores parados.
As reivindicações giram em torno de criação de uma carreira única, com a incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, aumento do piso salarial em 22,8% com a correção das pendências da carreira desde 2007 (atualmente, ele é de R$ 1.304),  variação de 5% entre níveis a partir do piso, para o regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), devolução do vencimento básico complementar absorvido na mudança na Lei da Carreira, de 2005, percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho e por fim, reposicionamento dos servidores aposentados.

O MEC afirma que quem define a agenda de negociação é o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O Ministério da Educação está com uma proposta de plano de carreira pronta, para apresentar na próxima reunião agendada pelo MPOG – basicamente priorizando a dedicação exclusiva e titulação docente.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão afirmou, por meio de sua assessoria, que a reunião com as entidades que representam a categoria dos docentes, agendada para o dia 19, mas adiada, deve acontecer na próxima semana, mas ainda sem data confirmada. Ainda de acordo com o ministério, o secretário tem se reunido internamente com membros do governo para encontrar uma solução para o impasse nas negociações.

Fonte: http://www.portaldepaulinia.com.br/destaques/noticias-em-destaque/16152-de-59-universidades-federais-professores-de-56-entram-em-greve.html

terça-feira, 26 de junho de 2012

Alunos de universidades federais protestam em Brasília

Estudantes foram recebidos pelo ministro da Educação, que prometeu programa de apoio estudantil. Professores das federais estão em greve há mais de um mês

Cerca de 2.000 estudantes de universidades federais realizaram nesta terça-feira (26) um protesto em frente ao Museu Nacional da República, na Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal. Os alunos reivindicaram a melhoria da estrutura das instituições públicas de ensino, melhor remuneração para os professores e demais funcionários do sistema educacional, a construção e reforma dos restaurantes universitários, além da instalação e instituição de creches, moradias, bolsas e outras formas de auxílio para garantir a permanência dos alunos e a qualidade nas instituições de ensino superior.

O movimento foi organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Associação Nacional dos pós-graduandos (ANPG).

Depois de marchar na Esplanada dos Ministérios, os estudantes pararam em frente ao Ministério da Educação (MEC), onde foram recebidos pelo ministro Aloizio Mercadante. Na reunião, Mercadante afirmou que o MEC criará um programa de consolidação da expansão das instituições federais de ensino superior. A prioridade, segundo o ministro, será a assistência estudantil, com maior apoio para alimentação e moradia dos alunos.

A UNE apoia o movimento grevista dos professores e funcionários das universidades federais. A greve dos docentes das federais completou um mês no último dia 17. São mais de 50 instituições federais de todo o País que reivindicam plano de carreira. Os funcionários administrativos aderiram à paralisação em 11 de junho.

Os servidores vinculados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) anunciaram greve geral a partir do dia 13, entre docentes e técnicos.

Agência Brasil
Alunos de universidades públicas de todo País se reúnem em frente ao Museu Nacional da República para reivindicar uma audiência o ministro da Educação
Depois disso, eles foram ao Senado Federal, para acompanhar a votação do Plano Nacional de Educação (PNE). Os estudantes defendem que pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) sejam investidos na área.
* Com informações da Agência Brasil e do MEC


Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-06-26/alunos-de-universidades-federais-protestam-em-brasilia.html

Professores da UFBA, UFRB e IFBA decidem aderir à greve nacional

Greve nacional dos professores das universidades federais começou no dia 17 de maio

Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Instituto Federal da Bahia (IFBA) aceitaram, por unanimidade, aderir à greve nacional pela reestruturação da carreira docente e em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.

A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta terça-feira (26), no Salão Nobre da Reitoria da Ufba, no Canela. Como não houve voto contra a paralisação, não será necessário realizar referendo para validar a greve, de acordo com a assessoria do Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior da Bahia (Apub).

Os docentes reivindicam, dentre outros pontos, equiparação salarial, exclusivamente pelo piso e pelo teto, com a carreira de pesquisador do Ministério de Ciência e Tecnologia, cuja tabela salarial deverá ser atualizada para 1º de janeiro de 2013, e ampliação das universidades e dos institutos.

Parte dos professores da Ufba já estava em greve, apesar do referendo promovido pela Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub) ter decidido, no início de junho, pela não paralisação das atividades.

Desde o dia 21 de maio, grande parte dos professores da UFRB estão parados. A deliberação da greve foi decidida em assembleia realizada pela Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR) no dia 17, no município de Cruz das Almas.

Os estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) também estão sem aula desde o dia 15. De acordo com o presidente do Sindicato dos Docentes da Univasf (Sindunivasf), Fernando Souto, a universidade segue o movimento nacional de paralisação convocado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).

A greve nacional dos professores das universidades federais começou no dia 17 de maio. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, considera a greve injusta e diz que todos os acordos firmados em 2011 com os professores universitários da rede federal foram cumpridos pelo governo.

"Não há na pauta das entidades docentes nenhum tema referente a este ano de 2012. Como é a carreira para 2013, o prazo que nós temos para negociar é até o final de agosto”, diz o ministro.

Fonte: http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/professores-da-ufba-ufrb-e-ifba-decidem-aderir-a-greve-nacional/

Mapa da greve em 26/06/2012


Professores da Ufrgs entram em greve por tempo indeterminado

Os docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) ligados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) decidiram nesta segunda-feira (25) aderir à greve nacional da categoria. A categoria votou pela greve imediata por tempo indeterminado em assembleia realizada no auditório da Faculdade de Economia. Dos mais de 185 presentes, apenas 6 votaram contra e 15 se abstiveram.

A greve da Ufrgs, no entanto, pode ter adesão limitada. A maioria dos docentes são representados pelo Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs-Sindical), que realizou na semana passada uma enquete eletrônica em conjunto com outras instituições de ensino de Porto Alegre para votar pela adesão a greve. A pesquisa apontou que 89,54% dos professores preferiam aguardar pelo andamento das negociações com o Governo Federal.

A greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino completou um mês no último dia 17 de junho. No Brasil, mais de 50 universidades estão em greve. Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) também aderiram ao movimento nacional.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do Andes, entre as principais reivindicações da categoria estão: a incorporação das gratificações ao vencimento salarial básico; implementação de plano de carreira de 13 níveis; piso salarial de R$ 2.329,95 para jornada de trabalho de 20hs semanais; e recomposição salarial emergencial de 22,08%, referentes a perdas acumuladas desde 2010.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=96842

sexta-feira, 22 de junho de 2012

UFMS Entra em Greve e País Tem 88% das Universidades Federais Paradas

Mais uma universidade federal aderiu à paralisação geral dos professores universitários. Dessa vez, os docentes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) decidiram cruzar os braços para pedir melhores salários.

Além disso, eles também pedem a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação, a contratação de novos professores e mais investimento em infraestrutura para a universidade.

Com isso, o País já tem 88% das universidades federais sem aulas. Além delas, mais 22 institutos federais de educação tecnológica estão com as atividades prejudicadas em função da paralisação dos professores.

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Também estão em greve os docentes do Colégio Pedro 2º e do Ines (Instituto Nacional de Ensino de Surdos), ambos no Rio de Janeiro.

Os professores das 76 instituições reivindicam, entre outras questões, o aumento no salário inicial e a reestruturação do plano de carreira, que, de acordo com os sindicatos, deveria prever aumento de 5% a cada nível de carreira.

Rio Grande do Sul

Em referendo realizado entre terça-feira (19) e esta quinta-feira (21), os professores filiados ao ADUFRGS-Sindical (Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior de Porto Alegre) votaram contra a deflagração da greve.

De acordo com o sindicato, foram 1.138 votantes, sendo que 80% foram contrários à paralisação. A entidade representa os professores da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) e dos campi de Restinga e Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul.

Fonte: Boainformacao.com.br http://www.boainformacao.com.br/2012/06/ufms-entra-em-greve-e-pais-tem-88-das-universidades-federais-paradas/

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Greve de Universidades Se Espalha Para Institutos

Professores exigem a revisão de seus planos de carreira e os técnicos administrativos querem melhores condições de trabalho

Educação escola estudo material escolar (Foto: Shutterstock)

Enquanto o governo cancela a reunião de negociação com os representantes sindicais dos docentes das universidades federais, prevista para esta terça-feira, o movimento grevista vai ganhando mais adeptos. Mais de um mês após o início da greve, além das 49 universidades com as atividades paralisadas, os institutos federais, que eram minoria entre as instituições grevistas, também aderiram em massa ao movimento.

Metade dos 40 institutos federais espalhados pelo País - responsáveis pela educação básica, profissional e tecnológica - já tem parte ou a totalidade de seus docentes e funcionários parados, segundo o sindicato da categoria, o Sinasefe. "Dos 400 câmpus, já temos mais de 80 completamente sem atividade", afirma William Carvalho, um dos dirigentes do Sinasefe.
 
Na pauta de reivindicações estão a revisão do plano de carreira dos professores - que também é a principal reivindicação dos grevistas das universidades - e também melhores condições de trabalho e remuneração aos técnicos administrativos.
Para esses últimos, pede-se a instituição de um piso salarial, jornada de 30 horas semanais e o estabelecimento de concurso público para preenchimento das vagas, o que criaria um quadro permanente de funcionários.

"Como as reivindicações do pessoal administrativo não estão na lista do que será negociado na reunião do governo com os dirigentes, nossa greve não tem previsão de terminar", diz o dirigente sindical. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2012/06/greve-de-universidades-se-espalha-para-institutos.html

terça-feira, 19 de junho de 2012

UFMG Adere à Greve dos Professores Federais

Docentes de 55 instituições de ensino superior pararam as atividades. Funcionários administrativos também estão em greve

Aproximadamente 300 professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) votaram pela greve em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (19). A entidade que lidera a paralisação, o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros, informou ao iG que as principais reivindicações são reajuste salarial e melhoria nas condições de trabalho.


A UFMG é a 55ª das 99 instituições federais de ensino superior a aderir à greve nacional, que completa 32 dias (veja lista completa abaixo). Há paralisação de professores em 50 das 59 universidades federais. Nesta terça-feira, governo e sindicatos tinham uma reunião marcada, mas o Ministério do Planejamento cancelou a negociação, por falta de tempo para elaborar uma proposta para o plano de carreira dos docentes.

A assessoria de imprensa da UFMG informou que a pauta de reivindicações é nacional e que não houve alteração na rotina da universidade. Até o final do dia, UFMG e o sindicato devem divulgar um balanço sobre o primeiro dia de greve. Nenhuma das duas entidades informaram estimativas da greve. A UFMG já estava sofrendo com a greve de servidores e por causa dela foi obrigada a adiar a matrícula de novatos.

Calouro de História, Guilherme Henrique Magalhães, 19 anos, foi surpreendido pela notícia e não conseguiu se matricular na semana passada. “Eles divulgaram no final da manhã e como eu trabalho não tive como saber antes. Uma amiga me avisou por telefone quando eu estava na porta da UFMG”, diz ele, que ainda não tem previsão para se inscrever na universidade. “Sou a favor da greve, pela melhoria para os professores, mas infelizmente ela prejudica todo mundo, os calouros e veteranos.”
Veja a lista completa de instituições que aderiram à greve de professores:
1. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
2. Universidade Federal de Roraima (UFRR)
3. Universidade Federal Rural do Amazonas (UFRA)
4. Universidade Federal do Pará (UFPA)
5. Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)
6. Universidade Federal do Amapá (Unifap)
7. Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
8. Universidade Federal do Piauí (UFPI)
9. Universidade Federal do Semi-Árido (Mossoró) (Ufersa)
10. Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
11. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
12. Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
13. Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
14. Universidade Federal de Sergipe (UFS)
15. Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
16. Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
17. Universidade Federal de Viçosa (UFV)
18. Universidade Federal de Lavras (UFLA)
19. Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
20. Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ)
21. Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
22. Universidade Federal do Paraná (UFPR)
23. Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
24. Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
25. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
26. Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha Mucuri (UFVJM)
27. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
28. Instituto Federal do Piauí
29. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
30. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
31. Universidade do Vale do São Francisco (Juazeiro) (Univasf)
32. Universidade Federal de Goiás (Catalão e Jataí) (UFG)
33. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
34. Universidade Federal do Acre (UFAC)
35. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)
36. Universidade Federal do Rondônia (Unir)
37. Universidade de Brasília (UnB)
38. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
39. Universidade Federal do Pampa (Unipampa)
40. Universidade Federal de Alfenas (Unifal)
41. Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
42. Universidade Federal Fluminense (UFF)
43. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
44. Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
45. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
46. Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
47. Universidade Federal do Tocantins (UFT)
48. Universidade Federal da Bahia (UFBA)
49. Universidade de Integração Latino Americana (Unila)
50. Universidade Federal do ABC (UFABC)
51. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefef-RJ)
52. Universidade Federal do Ceará (UFC)
53. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) – Três Lagoas
54. Instituto Federal de Minas Gerais (Formiga)
55. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-06-19/ufmg-adere-a-greve-dos-professores-federais.html

Reunião Para Discutir Greve das Universidades Federais é Adiada


Encontro entre governo e professores estava marcado para esta terça-feira; nova data não foi definida


Foto: AE
Greve dos professores atinge 55 instituições federais
Greve dos professores atinge 55 instituições federais

A reunião que estava programada para esta terça-feira (18) entre o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e representantes dos professores e servidores para discutir a greve nas universidades federais foi adiada. Uma nova data ainda não foi marcada, mas segundo a assessoria da secretaria do ministério, o encontro deverá ser realizado “na semana que vem”. A greve iniciada em 17 de maio atinge 55 instituições federais de ensino superior.

A assessoria da secretaria do ministério confirmou o adiamento e alegou envolvimento do ministério com outras questões de governo esta semana. Além disso, houve pouco tempo desde a última reunião para definir uma proposta consolidada para os professores que estão em greve há pouco mais de um mês que agregue vários setores do governo, como o Ministério da Educação, a Casa Civil e o Ministério da Fazenda.

“A reunião do Comando Nacional de Greve irá avaliar o quadro e definir seus passos nacionais. Aguardamos agora a convocação para a próxima reunião. A responsabilidade está com o governo”, disse Marina Barbosa, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).

Mais de um mês

A greve dos professores das universidades federais completou um mês neste domingo (17). O movimento começou em 17 de maio e, segundo o sindicato nacional (Andes), atualmente professores de 54 instituições federais de ensino superior paralisaram as atividades: 49 universidades (cerca de 90% do total) e cinco dos 40 institutos ou centros federais de educação tecnológica estão parcial ou totalmente parados.

Estudantes de pelo menos 19 das 46 universidades também entraram em greve para pedir melhores condições de ensino. Segundo a Andes, a greve afeta mais de 1 milhão de alunos.

A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, considera a greve injusta e diz que todos os acordos firmados em 2011 com os professores universitários da rede federal foram cumpridos pelo governo.

Fonte: http://www.tribunahoje.com/noticia/30485/brasil/2012/06/18/reunio-para-discutir-greve-das-universidades-federais-e-adiada.html

domingo, 17 de junho de 2012

Um Mês de Greve: Formandos das Federais Apoiam Professores

Iniciada no dia 17 de maio, a greve das instituições federais de ensino superior já conta com a adesão de 54 universidades, segundo levantamento feito na última sexta-feira. A principal reivindicação dos docentes é a reestruturação do plano de carreira, cuja negociação estava prevista para ocorrer até o final de março, além de melhoras na infraestrutura das instituições e melhores condições de trabalho. Embora a suspensão das atividades tenha deixado em aberto a situação do calendário acadêmico em algumas universidades, formandos de muitas faculdades reconhecem a reivindicação dos professores como válida e até integram mobilizações contra a falta de assistência estudantil pelo governo federal.

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, que interrompeu as atividades no dia 22 de maio e é uma das cinco instituições que aderiram à mobilização no Rio de Janeiro, o formando do curso de Direito Allan Sinclair, de 23 anos, apoia o briga dos docentes. "O governo tem se mostrado muito difícil em relação à negociação com os professores. Há desrespeito com a classe. Mas a perspectiva é que, em breve, haja diálogo e a gente possa ter melhorias não só para os professores, mas também para os estudantes", afirma. Para Allan, que já foi aprovado para o mestrado, a paralisação deixou pendente a apresentação da monografia, o que ele avalia como um efeito não muito sério para a conclusão do curso. "De alguma forma, ela afeta a todos: alguns concluintes estão cursando matérias no último período, por exemplo, e para eles, o problema é maior", observa.

Apesar da suspensão do calendário acadêmico da UFF, Allan conta que o Centro Acadêmico do Direito discutiu, em conselho realizado na semana passada, a adoção de mecanismos alternativos para amenizar os efeitos negativos da greve sobre a conclusão dos estudos dos formandos - alguns dos quais já foram aprovados no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A proposta ainda está em deliberação pelos conselhos superiores. "Por diversos fatores, existem estudantes que não entendem a greve como algo positivo e acham que ela pode prejudicá-los, principalmente aqueles que estão no fim da faculdade. Os que estão no começo têm uma adesão e um posicionamento bastante próximo ao Centro e ao Diretório Acadêmico, tendo a greve como legítima", conta Allan.

A preocupação com o atraso da graduação também existe entre os estudantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), de Minas Gerais. Trabalhando em tempo integral e cursando apenas uma disciplina optativa à noite, o formando do curso de Ciências da Computação Luiz Gustavo Faria, de 23 anos, diz que não teve a rotina muito alterada pela greve, mas ficou chateado com o atraso da conclusão do curso. "Meus colegas, que fazem mais matérias, obviamente foram mais prejudicados, e vêm reclamando bastante. Eles também estão na expectativa de se formarem neste semestre e, além disso, temem que a greve prejudique o andamento das disciplinas", afirma. Segundo ele, as reclamações mais recorrentes são sobre a necessidade de reposição de aulas no final do ano, na época dos feriados.

A UFU decidiu pela adesão à greve em reunião docente no dia 15 de maio e interrompeu suas atividades por tempo indeterminado no dia 17. Entre as reivindicações dos professores, estão a reestruturação da carreira e a implantação do piso de R$ 2.329,35 com percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. "Fico na torcida para que os alunos sejam prejudicados o mínimo possível, e que a greve alcance seu objetivo", afirma Luiz Gustavo. O estudante se diz favorável à paralisação, pois aparentemente é a única forma de os professores terem suas reivindicações atendidas, mas conta que nem todos aderiram à greve e alguns cursos, como Ciências da Computação, estão parcialmente interrompidos. "Os alunos que moram longe da família para estudar na universidade acabam tendo que ficar na cidade por conta de pouquíssimas matérias", afirma.

Greves estudantis manifestam insatisfação dos alunos

Além da mobilização dos professores, assembleias estudantis votando a paralisação das atividades por parte dos estudantes vêm ocorrendo em muitas universidades participantes da greve, como a Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Brasília (UnB). Na UFF, um encontro realizado no dia 21 de maio reuniu cerca de 700 estudantes e implementou greve estudantil em apoio aos professores, manifestando a insatisfação dos alunos com o corte de verbas destinadas à educação pelo governo e a precariedade do processo de expansão de diversas universidades federais. A mobilização dos estudantes também pretende resgatar questões já levantadas junto à reitoria que ainda não foram atendidas. A adesão dos técnicos administrativos da UFF à paralisação já está prevista para o final da semana.

O formando Allan Sinclair considera a positiva a manifestação estudantil. "Tenho certeza de que é importante para mim enquanto discente apoiar essa mobilização, não só por ser vinculado à categoria, mas ao ensino público como um todo", afirma o estudante. A UFU também declarou greve no dia 25 e encaminharam ao Conselho Universitário a proposta de suspensão do calendário acadêmico, para que nenhum estudante seja prejudicado pela paralisação.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5839131-EI8266,00-Um+mes+de+greve+formandos+das+federais+apoiam+professores.html

quinta-feira, 14 de junho de 2012

União Propõe Mudar Carreira e Greve Universitária Pode Acabar Dia 19

Em reunião feita na terça-feira à noite com representantes de sindicatos de professores que lideram o movimento grevista das universidades federais, os ministérios do Planejamento e da Educação se comprometeram a apresentar um esboço de reestruturação da carreira docente na terça-feira, dia 19. Até lá a paralisação, que já atinge mais de 80% das atividades de 50 universidades (a rede federal tem 59) e cinco institutos tecnológicos, continua, mas poderá acabar se a categoria aprovar a iniciativa do governo nesse novo encontro. A greve começou em 17 de maio.

Os sindicalistas foram recebidos por três horas pelos secretários de relações trabalhistas, Sérgio Mendonça; de educação superior, Amaro Lins; e da rede de ensino técnico e tecnológico federal, Aléssio Barros. Na ocasião, o governo se comprometeu a apresentar em 20 dias nova proposta de plano de carreira, contanto que a greve terminasse imediatamente. A ideia foi rechaçada. 'Vim para a reunião esperando que fosse apresentada uma proposta e que sairíamos daqui para virar a noite estudando o que fosse apresentado', relatou Marina Barbosa, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).

Diante da negativa, os negociadores do governo agendaram nova reunião num prazo de uma semana para a apresentação de um esboço do projeto que reestrutura a carreira docente federal no país. A principal reivindicação dos professores parados é o estabelecimento de carreira única para todos os docentes, com 13 níveis salariais e promoções a cada dois anos.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/06/uniao-propoe-mudar-carreira-e-greve-universitaria-pode-acabar-dia-19.html

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Unifei é a Única do Sudeste a Não Aderir a Greve

Arquivo UN Apesar da decisão, professores do campus de Itabira foram impedidos de votar  

Apesar da decisão, professores do campus de Itabira foram impedidos de votar Em uma assembleia realizada ontem na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), naquela cidade, os professores decidiram não aderir à greve nacional, que já atinge 54 instituições em todo o país.

Com a decisão, a Unifei é a única instituição federal de ensino superior da região Sudeste que não aderiu à paralisação, na contramão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que também não estava participando da greve, mas mudou seu posicionamento ontem.

A decisão foi tomada em assembleia que aconteceu na manhã de ontem no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas (Face), campus Pampulha, em Belo Horizonte, e a paralisação deve ser iniciada na próxima terça-feira. Na Unifei, a assembleia resultou em 41 votos a favor da greve, 56 contra e nenhuma abstenção. Portanto nenhuma atividade será paralisada e o período continuará normalmente.

Também ficou decidido que não haverá novas discussões sobre o assunto. Foi discutido que as propostas dos movimentos grevistas são contrárias aos interesses dos professores da Unifei como na questão da união das classes de ensino básico com o ensino superior. Os professores de Itabira que se deslocaram até Itajubá para participar da votação foram impedidos de votar porque não estariam sindicalizados.

Há duas semanas, eles decidiram aderir à greve, com 44 votos a favor e uma abstenção. De fato, com  as assembléias realizadas ontem, apenas a Unifei, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em todo o país não deram indicativo de participar da greve.

Professores de outras universidades ainda não paralisaram suas atividades, mas já aprovaram o indicativo de greve: Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),  Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Ciência da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).

Fonte: http://www.ultimanoticia.com.br/ultimanoticia/Portugues/detNoticia.php?cod=12418

Governo Se Compromete a Apresentar Esboço de Proposta na Próxima Terça (19)

Depois de recuar na proposta de condicionar o avanço das negociações a uma trégua do movimento grevista, representantes do governo, em reunião realizada nesta terça-feira (12) com as entidades do setor de educação, mudaram de posição e passaram a aceitar a antecipação do prazo para o fechamento de uma proposta. Em uma reunião que durou mais de três horas, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MP), Sérgio Mendonça, acordou com o ANDES-SN e com as demais entidades, que na próxima terça-feira (19) haverá nova reunião na qual o governo vai apresentar um esboço de um novo plano de carreira. Até lá, a greve dos docentes continua.

“Hoje foi um dia vitorioso para o nosso movimento. Não só porque realizamos belíssimas manifestações em todo o país, como fizemos o governo mudar a posição de que não receberia categorias em greve. Também conseguimos que, pela primeira vez, ele aceitasse antecipar o prazo para finalizar as negociações. Se antes o limite era 31 de agosto, agora, há uma sinalização de que o processo esteja concluído no começo de julho”, avaliou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa. Durante as mais de três horas de reunião, um grupo de professores da Universidade de Brasília (UnB) e do Comando Nacional de Greve (CNG) ficou em frente ao Ministério do Planejamento, como forma de mostrar que a categoria está mobilizada.

Proposta indecente
A reunião começou por volta das 18h, com o secretário Sérgio Mendonça afirmando que o governo se dispunha a apresentar uma proposta de re-estruturação da carreira docente num prazo de 20 dias, desde que a categoria desse uma trégua e saísse da greve. Também defenderam o encaminhamento o Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), Amaro Lins, e o diretor de Desenvolvimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (Setec/MEC), Aléssio Barros. Argumentaram que era preciso estabelecer uma relação de confiança entre o governo e as entidades.

A proposta foi veemente rechaçada pelas entidades presentes. “Eu custo a acreditar no que ouvi. Ontem, na reunião do Comando Nacional de Greve, foi levantada essa possibilidade, mas eu não achei que seria possível. Vim hoje para essa reunião esperando que fosse apresentada uma proposta e que sairíamos daqui para virar a noite estudando o que fosse apresentado ”, afirmou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa.

Ela lembrou que o governo foi avisado inúmeras vezes de que a categoria estava insatisfeita. “Agora, não há como negar. Estamos em uma das maiores greve já realizadas no setor, com 55 instituições paradas, sendo 50 universidades”, afirmou.

Marina argumentou que o governo não podia esperar que a categoria aceitasse dar a  trégua, pois há muito tempo que os docentes vêm dando prazos, continuamente descumpridos pelo Ministério do Planejamento. 

O 1º vice-presidente do ANDES-SN, Luiz Henrique Schuch, afirmou que a greve é fruto da compreensão da categoria de que há uma desvalorização do magistério. “Hoje temos uma carreira totalmente desestruturada”, afirmou.

O diretor do Sinasefe, David Lobão, criticou o fato de o governo condicionar o avanços das negociações à volta ao trabalho dos grevistas e argumentou que a greve, ao contrário do que diz o governo, pode levar a negociações mais rápidas, já que a categoria estará em estado de mobilização permanente. Os dirigentes do Proifes lamentaram o fato de o governo ter desmarcado a reunião no dia 28 de maio e informaram que a categoria tem decidido, em plebiscitos, pela greve.

Trégua
Depois das falas das entidades, os representantes do governo pediram um intervalo e voltaram com a proposta de realização de uma reunião na próxima terça-feira (19), em que será debatido um esboço de um novo plano de carreira. Disseram, também, que a proposta vai partir do que foi discutido na reunião do dia 15 de maio e que poderá ser utilizado como parâmetro o plano de carreira do pessoal do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Sérgio Mendonça não quis se comprometer se o piso e o teto serão o mesmo do servidores do MCT.

Os representantes do governo insistiram que as categorias dessem uma trégua e voltassem ao trabalho. Os dirigentes do ANDES-SN foram enfáticos ao afirmar que não havia como a categoria recuar. “Só podemos dar qualquer posição quando conhecermos a proposta do governo. Até porque a nossa carreira tem especificidades que não foram contempladas pelo governo”, adiantou Marina Barbosa.

O 1º vice-presidente da Regional Nordeste II do ANDES-SN, Josevaldo Cunha, perguntou aos representantes governistas se eles poderiam adiantar o teor da proposta. “Queremos saber se haverá uma preocupação de se fazer uma discussão da estrutura conceitual, para depois se chegar ao impacto orçamentário. Ou se o governo colocará um limite financeiro, que é conjuntural, a sobrepor a organização do plano de carreira”, questionou. Sérgio Mendonça respondeu, apenas, que a proposta levará em consideração toda a discussão realizada no GT Carreira.

Para o ANDES-SN, a reunião desta terça-feira marcou o início efetivo das negociações. “Entendemos que concluímos as discussões do GT. Podemos não ter chegado a um denominador comum, mas agora todas as nossas divergências e pontos convergentes ficaram claros. Vamos, então, partir para outro patamar de discussão, no qual o governo precisa objetivar suas propostas, que serão analisadas pelo movimento”, afirmou Marina Barbosa.



Fonte: http://www.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=5417

Mapa da Greve das Universidades Federais


Governo Pede 20 Dias de Trégua e Professores das Federais Negam

Docentes continuarão parados até o dia 19, quando haverá nova reunião para discutir o plano de carreira

Paulo Saldaña, de O Estado de S. Paulo, Carlos Lordelo e Sergio Pompeu, do Estadão.edu

Os professores das universidades federais negaram o pedido do governo de suspender a greve por 20 dias. A proposta foi feita em reunião na noite desta terça-feira, 12, no Ministério do Planejamento. Os docentes continuarão parados pelo menos até o próximo dia 19, quando haverá nova rodada de negociações com a alta cúpula da pasta.
 
Veja também:


No encontro de hoje, em Brasília, o governo sugeriu que a carreira dos docentes tenha como base a dos servidores da área de ciência e tecnologia e pediu a trégua para trabalhar no projeto. A reunião ocorreu após 25 dias de uma paralisação que cresce a cada dia. O movimento ganhou novo fôlego hoje, com a adesão dos professores das Federais do Ceará e da Integração Luso-Afro-Brasileira. Já são 49 universidades federais em greve, de um total de 59, três institutos e um centro de ensino tecnológico.

A greve é vista como sem justificativa no Ministério da Educação (MEC). A categoria recebeu aumento salarial de 4%. O ministro Aloizio Mercadante argumenta que há prazo legal para que essa negociação seja concluída, já que o orçamento de 2013, que irá custear as mudanças, só será fechado em 31 de agosto.

Apesar disso, o governo está atento ao movimento. O Palácio do Planalto teme que a greve dos professores se espalhe por todo o funcionalismo público e abra uma crise em ano de eleições. A ministra Miriam Belchior, que não participou do encontro de hoje, tem sido criticada pela falta de habilidade nas negociações com os docentes e com outra categoria que ameaçava cruzar os braços, os médicos.

Em razão da reunião em Brasília, professores e alunos das federais de São Paulo que estão de braços cruzados fizeram protesto em frente à Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), no centro. “Somos contra ao fato de a carreira ser debatida no Ministério do Planejamento e não na Educação, com esse conceito que olha só para o orçamento”, afirma a vice-presidente da Associação dos Docentes da Federal de São Paulo (Adunifesp), Soraya Smaili. Quase mil pessoas participaram do protesto, segundo os organizadores. A UFABC também está em greve.

Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,governo-pede-20-dias-de-tregua-e-professores-das-federais-negam,885473,0.htm

Professores da Federal do Ceará e da Unilab Entram em Greve

Professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) decidiram entrar em greve nesta terça-feira. As informações são do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC).

Segundo o sindicato, a decisão ocorreu na segunda através de votação em um plebiscito e o resultado foi homologado hoje em assembleia. Os professores reivindicam melhores condições de trabalho; reestruturação da carreira; retirada das mudanças na forma de cálculo dos adicionais de insalubridade e periculosidade da Medida Provisória 568/12. O ADUFC está ligado à Federação de Sindicatos de Professores de instituições Federais de Ensino Superior (Proifes).

Os docentes da federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) também entraram em greve hoje. A decisão dos professores da instituição ocorreu na segunda-feira.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Governo Pede Trégua a Professores de Instituições Federais de Ensino Superior em Greve

BRASÍLIA- O governo federal pediu "trégua" de 20 dias aos professores federais que estão em greve desde o dia 17 de maio para continuar...

Agência Brasil

BRASÍLIA-   O governo federal pediu “trégua” de 20 dias aos professores federais que estão em greve desde o dia 17 de maio para continuar as negociações. Segundo o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, ao final desse período, o governo assume o compromisso de resolver o acordo sobre a reestruturação da carreira, principal reivindicação dos professores.

“Queremos retomar a conversa, propondo que as entidades realizem trégua sobre a greve. Pedimos um prazo de 20 dias para fechar o semestre com tranquilidade e nós oferecemos nosso compromisso de chegar a um acordo sobre a questão da carreira”, disse, na abertura da reunião.

A greve já atinge 55 instituições federais de ensino em todo o país. Também em busca da reestruturação de carreira, os servidores vinculados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) anunciaram greve geral a partir de amanhã (13), entre docentes e técnicos. A paralisação deve atingir 40 mil servidores.

Mendonça disse ainda que essa é uma “oportunidade ímpar” de avançar no acordo para valorização de carreira dos docentes, que vem sendo discutido desde 2010. "São 20 dias para resolver uma conversa de muito tempo. Vamos avaliar o que vai ser possível construir", garantiu.

A proposta desanimou os representantes dos professores. A presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, classificou como “desfaçatez” a alternativa dada pelo governo. “Ele [o secretário de Relações do Trabalho] teve a desfaçatez de dizer que nos poderíamos, então, ter a chance de terminar o semestre”.

Para ela, não há motivos para acreditar em boa vontade do governo para negociar. “Ele [Sérgio Mendonça] não pode dizer que é uma greve ilegítima ou precipitada. A gente já tinha dado trégua porque está desde agosto de 2010 dando trégua pro governo. Por que agora temos que acreditar que, ao suspender o movimento, vamos ter uma proposta apresentável?”, indagou.

Os professores reivindicam a reestruturação das carreiras dos docentes e protestam contra a falta de infraestrutura nas instituições. Segundo Marina, a categoria cobra que o governo federal "assuma sua responsabilidade na educação".

“Vivemos uma situação trágica. Na nossa última conversa [15 de maio], o governo apresentou as mesmas propostas apresentadas em dezembro de 2010. Isso demonstra falta de negociação. Esperamos uma proposta concreta”, disse.

Fonte: http://www.dci.com.br/governo-pede-tregua-a-professores-de-instituicoes-federais-de-ensino-superior-em-greve-id298063.html

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Greve Deve Ganhar Força Nesta Segunda-Feira

Paralisação dos servidores públicos federais poderá ganhar mais músculo hoje e se tornar mais forte. A Ufla está parada há 25 dias.
         
Alunos da Ufla promoveram passeata em apoio aos professores da Ufla, que reuniu cerca de 600 pessoas. Fotos: Jornal de Lavras
Engana-se quem acredita que a greve da Universidade Federal de Lavras e de mais 50 instituições federais em todo o país está próxima de acabar. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que reúne 37 sindicatos em todo o Brasil, poderá dar mais músculo a greve, isso porque a direção da Condsef decidirá nesta segunda-feira, dia 11, se engrossam as fileiras dos servidores públicos federais. Segundo a entidade, a greve irá crescer devido à falta de resultado nas negociações com o Executivo sobre reajuste salarial, recebimento de gratificações e reestruturação de carreiras.

A partir de hoje, cruzam os braços os trabalhadores técnico-administrativos em educação nas universidades federais e os funcionários federais do setor de geografia e estatística. Na quarta-feira, dia 13, será a vez dos servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União, eles também prometem cruzar os braços. Na mesma data, os servidores federais da educação básica, profissional e tecnológica também devem paralisar os trabalhos.
O que se avizinha é uma greve geral dos servidores federais, ela deve começar no dia 18 e se estender por tempo indeterminado. A medida foi aprovada na última segunda-feira por mais de 300 representantes sindicais de 20 unidades da federação, reunidos em Brasília. Servidores insatisfeitos marcharam na Esplanada dos Ministérios na terça-feira e foram recebidos em reunião no Ministério do Planejamento, mas segundo os grevistas, não houve avanços nas negociações.
No domingo a greve na Universidade Federal de Lavras estará completando um mês, mas para a economia do município a paralisação é um desastre. O Ministério da Educação considera a paralisação precipitada, pois acredita que há tempo suficiente para alterações no Projeto de Lei Orçamentária para 2013, que deve ser fechado até 31 de agosto. O Ministério do Planejamento ainda não se manifestou oficialmente sobre o indicativo de greve geral dos servidores públicos federais.

Fonte: http://www.jornaldelavras.com.br/index.php?p=10&tc=4&c=4448