terça-feira, 29 de maio de 2012

Pela Valorização da Docência

Sempre se fala em valorizar a educação pública neste país. Ao mesmo tempo, todos denunciam as péssimas condições de trabalho, inclusive salariais, dos professores brasileiros.

Há décadas reivindicam-se melhorias nas condições de trabalho dos professores, independente do nível de ensino ou da esfera de atuação: se pública ou se particular, se municipal, estadual ou federal. O fato é que na hora de se conceder as melhorias nas condições de trabalho e nos reajustes salariais, a resposta é a mesma: não!

Existe ainda uma espécie errônea de consenso nacional que leva a se conceber a
docência como um sacerdócio. Por conta das más condições de trabalho, governos e sociedade apelam que os professores e professoras sejam devotados, altruístas, abnegados.

As greves dos docentes brasileiros acontecem e se estendem por muito tempo porque, na hora da negociação salarial, os professores são tratados de forma desrespeitosa, como se fossem um estorvo social.

Alguns profissionais são respeitados neste país e contam com estrutura para trabalharem e com um salário condizente com sua função. Outros são considerados importantes e, quando reivindicam salários melhores, são atendidos. Mas os professores, não!

Jovens brasileiros querem ser jogadores de futebol, cantores, políticos, médicos,
engenheiros ou advogados. Mas, não querem ser professores.

A atual greve dos professores das universidades federais brasileiras é uma maneira de defender a profissão e mostrar à classe política deste país que professor deve ser tratado com respeito e valor!

A Presidenta da República Dilma Roussef pode dar ao país o exemplo histórico de começar a tratar os professores com a distinção e o respeito que a categoria e a profissão merecem. Até agora ainda não fez isso.

No entanto, confiamos que haverá entendimento. Somos professores. Amamos
nossa profissão. Reivindicamos a valorização da docência. Para isso, estamos em greve.

COMANDO LOCAL DE GREVE DA UTFPR

SINDUTF-PR

APOIO: DCE GECEL SINDITEST-PR

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